sábado, 23 de agosto de 2008

McDonald’s e Futebol são culpados por congestionamento



Recentemente terminei a leitura de Trafic: Why We Drive the Way We Do (Trânsito: Por que Dirigimos Desta Maneira?), de Tom Vanderbilt, que faz uma incursão no universo das pesquisas sobre o tráfego de automóveis.Traçando um panorama nunca pensado sobre questões de trânsito, o autor levanta dados curiosos, como por exemplo que as fatalidades no trânsito foram a principal causa de morte em Londres na década de 1720. Vanderbilt afirma ainda que uma pessoa demora mais a sair de uma vaga em um estacionamento se houver uma outra aguardando. E, por fim, que as mulheres são as motoristas que mais contribuem para o congestionamento.
Tudo caminhava muito bem, até eu me deparar com a última informação! O escritor, de 39 anos, sem sombra de dúvidas carrega um currículo respeitável e preparou-se muito bem para este projeto. Além do mais, foi criado no meio-oeste dos EUA, onde provavelmente acompanhou o desenvolvimento veloz do trânsito nas grandes cidades. Mas eu descobri que, atualmente, o cidadão mora no Brooklyn e quando pega no volante faz a “linha fina” dentro de um Volvo V40.
Agora eu entendo o motivo pelo qual ele cita em sua obra que um desses fatores é o status social. No estudo, ele aponta que os motoristas demoraram mais tempo para buzinar quando o carro bloqueador era um Mercedes do que quando era um Corolla. E os motoristas de Mercedes demoraram menos tempo para buzinar do que os indivíduos que dirigiam Corollas velhos. Onde sera’ que o meu Taurus se classifica?
Para explicar o porquê as mulheres contribuem para o aumento do trânsito, Vanderbilt acusa as mudanças na sociedade norte-americana. "Em 1950, as mulheres representavam 28% da força de trabalho e, atualmente, esta proporção é de 48%. Além do mais, nós passamos mais tempo levando as crianças de carro à escola, aos treinos de futebol e ao McDonald's do que fazíamos no passado, e são geralmente as mulheres que fazem tais percursos”.

“Puxa vida”, pensei eu. Quer dizer então que a piora no trânsito na terra do “Tio Sam” se deu por conta da independência feminina! Que grande sacada! Depois dessa, eu não peço mais pelo “número 1” e não assisto ao jogos de futebol...

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

GUERRA ÀS CAROLINAS

por MARIANA DI LELLO*
Olá, meus devotos! Aqui estou eu outra vez para a alegria da humanidade. Reconheço que estive ausente nos últimos dias, mas a Terra do Tio Sam tem me consumido o tempo! Na semana passada viajei para o estado da Carolina do Sul, que faz divisa com o da Carolina do Norte. Entre oito horas de viagem e cinco sanduíches de pasta de amendoim com geléia, finalmente cheguei ao meu destino – Myrtle Beach.

Ha' quem diga que a bendita praia se localiza na Carolina do Norte, mas, teoricamente, as águas cristalinas de Myrtle Beach banham a Carolina do Sul. Entre tantas disussões geográficas comecei a me indagar sobre o nome escolhido ao estado. Quem foi Carolina, afinal? Teria sido ela a primeira dama do litoral Sul dos Estados Unidos ou a sereia dos pescadores que navegaram na região?. Eu, particularmente, prefiro Mariana à Carolina, mas, dessa vez, ela chegou primeiro.

Se você, como eu, é fanático por doces, deve se lembrar do doce-de-Carolina, feito com recheio de doce-de-leite. Certa vez, minha mãe comprou 200 gramas do maldito doce e, logicamente, eu comi todas as calorias sozinha. Foi naquele dia que aprendi o valor da divisão... O trauma foi tamanho, que até hoje não posso ver o doce.

Para completar, eu tinha uma amiga de infância que se chamava Carolina e que sempre me pedia uma pastilha Valda na hora do recreio. Certa vez, eu nao estava nos meu melhores dias e a pequena garotinha pediu pela última unidade da latinha. Não tive dúvidas: lambi a verdinha e me certifiquei se ela ainda a queria! A partir deste dia, Carolina nao foi mais minha coleguinha de escola, graças a Deus!
Ainda assim, não consegui me livrar da Carolina. Poucos anos atrás, o cantor Seu Jorge fez uma música para uma tal de Carolina. A sorte dele, é que, no novo álbum, a música de sucesso foi intitulada Mariana. Nao poderia existir vingaça melhor. Eu sabia que ele não iria me decepcionar!

Mas, se você planeja visitar o estado e não tem problemas com nenhuma Carolina, Myrtle Beach é parada obrigatória. A praia oferece atividades para todas as idades e é cenário digno de ser apreciado. Prepare o bolso para comer um hot-dog na alta temporada, eles não custam menos de 9 dolares e não acompanham batata frita. Se, por ventura, a empolgação for maior e você se esquecer do protetor solar, não se preocupe! Existem policiais encarregados de fazer a ronda pela areia e advertir os esquecidos de plantão quando a pele já está passando pela metamorfose.
Como eu soube? Adivinha...
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*jornalista